Quando é necessária a realização de exames de imagem (raio-X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética) para dores na coluna lombar?

As Sociedades Brasileiras de Neurocirurgia, Ortopedia e Traumatologia, Reumatologia, Radiologia, Medicina Física e Reabilitação e Patologia vertebral publicaram em 2008 a seguinte diretriz: “Diretrizes Lombalgias e Lombociatalgias – Atualização 2008”.
 
Nesta diretriz é afirmado que “em pacientes com quadro de lombalgia mecânica comum aguda, as radiografias simples são dispensáveis, principalmente em adultos jovens. Nas situações de recorrência ou persistência do quadro clínico, além da quarta semana do início da sintomatologia, são indicadas as radiografias simples nas incidências de frente e perfil.
 
As radiografias simples dinâmicas geralmente não são utilizadas na referida lombalgia mecânica comum aguda, mas, nos casos crônicos, podem auxiliar na sua elucidação fisiopatológica.” 
 
Afirma também que “a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) têm indicação naquelas lombalgias e ciatalgias agudas que tenham evolução atípica e naquelas de evolução insatisfatória, cuja causa não foi determinada após seis semanas de tratamento clínico.”
 
Quando houver a presença de sinais de alerta a realização de exames complementares (exames de sangue e de imagem) estará indicada de imediato. 
 
Os sinais de alerta são os seguintes:
– idade acima de 50 anos ou abaixo de 20 anos
– história de câncer
– sintomas como febre, calafrios, perda de peso, sem outra explicação convincente
– infecção bacteriana recente, dependentes químicos, imunossuprimidos
– dor com piora noturna
– dor com piora em decúbito dorsal
– trauma maior
– trauma menor em idosos ou osteoporóticos e em usuários de corticosteróides
– anestesia em sela (dormência ou redução de sensibilidade na região entre o pênis/vulva e o ânus)
– disfunção de bexiga (incontinência ou retenção urinária)
– déficit neurológico progressivo ou grave em membros inferiores (“perda de força ou sensibilidade nas pernas”).
 
No link abaixo você encontra a íntegra da diretriz, com mais detalhes sobre lombalgia e lombociatalgia:

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