Mielopatia cervical espondilótica – doença da coluna que pode causar fraqueza nos braços e/ou nas pernas, dificuldade para andar, abotoar camisa, urinar, …

A mielopatia cervical espondilótica (MCE) é uma doença degenerativa da coluna cervical, secundária a uma estenose do canal vertebral cervical (por abaulamento/hérnia do disco intervertebral, hipertrofia (aumento) das articulações das vértebras (articulações facetárias), osteófitos posteriores (“bicos de papagaio” na região posterior do corpo vertebral) ou pela hipertrofia do ligamento amarelo (ligamento na parte posterior do canal vertebral).

Nesta doença há compressão e lesão da medula espinhal cervical, podendo o paciente apresentar sintomas como cervicalgia/cervicobraquialgia (dor no pescoço e nos braços), tetraparesia (fraqueza nos braços e pernas), espasticidade (braços e pernas enrijecidos), hiperreflexia (exacerbação dos reflexos nos braços e pernas), dificuldade para caminhar, alteração do controle da bexiga e intestino, etc.

Possui  como um de seus principais diagnósticos diferenciais a esclerose lateral amiotrófica (ELA).

O paciente com mielopatia cervical espondilótica e sinais de sofrimento medular deve ser submetido a tratamento cirúrgico, que visa estabilizar o quadro atual do paciente e evitar a piora dos sintomas, entretanto normalmente ocorre melhora dos sintomas presentes.

A cirurgia a ser realizada varia de acordo com vários parâmetros, devendo o neurocirurgião assistente avaliar a melhor abordagem para cada caso.

No link abaixo você pode acessar um artigo científico que publiquei no European Spine Journal sobre este assunto (produto de minha dissertação de mestrado): http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2899963/pdf/586_2009_Article_1267.pdf

30 comentários em “Mielopatia cervical espondilótica – doença da coluna que pode causar fraqueza nos braços e/ou nas pernas, dificuldade para andar, abotoar camisa, urinar, …”

  1. Olá Sr. Carlos André,
    Não é possível afirmarmos que essas alterações vistas no Rx são devidas à cirurgia. Isso pode ocorrer por alterações degenerativas que ocorrem com o passar dos anos.
    Mas para retirar sua dúvida sugiro que agende consulta com o cirurgião que o operou para lhe mostrar o exame e discutir com ele a provável causa dessas alterações.

  2. Realizei a cirurgia de artrodose cervical via anterior, corte pelo pescoço, há 5 meses, realizei um raio x hoje e deu desvio a esquerda e retificaçao da coluna cervical. Isso que deu no raio x pode ser por causa da cirurgia?

  3. Olá Sr. Lecio,
    Talvez uma ressonância magnética da coluna cervical possa ajudar a descartar alguma lesão mais grave em sua coluna e ajudar a orientar a conduta a ser adotada pelo seu médico.

    Sugiro que se consulte com um médico especialista em coluna, neurocirurgião ou ortopedista, para que ele lhe avalie e solicite os exames que julgar necessários e, assim, possa tratá-lo de forma adequada.

    Desejo melhoras!

  4. Olá Dr!
    Tudo bem?
    A um pouco mais de um mês, comecei a sentir um desconforto muito grande na região do pescoço, acompanhado de estalos e fraqueza, fui no hospital e tomei relaxantes musculares que de nada adiantaram, dois dias depois voltei ao hospital, e tomei uma injeção que chama beta 30, senti um alívio durante 15 dias, após isso os desconfortos voltaram, e de uma forma pior, sentia como se meu pescoço fosse quebrar de tão fraco, apareceu dores fortes na coluna, e com o passar do tempo só se intensificaram, agora já vem dores no cotovelo e no joelho, além de fraqueza nos braços, pernas, contrações no corpo e estalos cada vez mais audíveis, estou com muito medo, já fiz tomografia, e segundo o neurologista ela nada constatou, eu fazia academia a 1 ano, e desde que descobri parei, as dores e desconfortos são tantos que me atrapalha e até impede de dormir, me ajude!!

  5. Olá Sr. Carlos,
    Existem diferentes tipos de cirurgia na coluna cervical e realizadas para tratamento de diferentes doenças.
    Isso tudo influencia no retorno às atividades físicas, de lazer e profissionais.
    Cada caso possuirá um tempo diferente.
    Consulte o seu médico e verifique com ele qual o prazo adequado para o senhor.

  6. Olá André,
    Esse tipo de orientação deve ser feita pelo médico que te operou.
    Converse com ele para ver se lhe autorizará.
    Boa recuperação.

  7. Boa tarde

    Fiz a cirurgia de atrodose cervical pelo pescoço no dia 08/08, tenho dentista marcado para o doa 12/09.Posso ir no dentista normalmente?

  8. Olá Sr. Carlos André,
    Cada caso deve ser avaliado individualmente, devendo ser analisado o grau de deslocamento, os sintomas do paciente, etc.
    Neste caso, o paciente deve retornar ao cirurgião que o operou para que este o avalie e juntos definam a conduta.

  9. Boa tarde
    Quando ocorre deslocamento do cage numa cirurgia de artrodose cervical via anterior, precisa refazer a cirurgia?

  10. Olá Sr. Dirceu,
    Não é comum haver uma melhora inicial seguida por nova piora dos sintomas.
    Sugiro que consulte o cirurgião que o operou para que ele verifique o que pode estar ocorrendo, que pode ser desde nada sério, até um deslocamentos dos materiais implantados na coluna cervical do senhor.
    Desejo melhoras ao senhor.

  11. Boa noite
    Realizei a cirurgia de artrodose cervical via anterior, corte pelo pescoço, hoje no 16 dia voltei a sentir formigamento no braço e na perna, pode ser comum sentir os mesmo sintomas, ou pode ser que algo deu errado na cirurgia ?

    Obrigado!

  12. Bom dia Sr. André,
    Importante o senhor seguir as orientações do cirurgião que o operou, pois seguir orientações de outros médicos que não sabem exatamente que tipo de cirurgia foi realizada (laminectomia? laminectomia + fusão instrumentada? laminoplastia?) pode prejudicar sua recuperação pós-operatória.

    Desejo uma ótima recuperação ao senhor com melhora dos sintomas pré-operatórios.

  13. Bom dia
    Após a cirurgia pela via posterior, qual é o melhor jeito para ficar/dormir, e quanto tempo depois poderá voltar a atividades normal

  14. Olá Sr. André,
    Os sintomas mais comuns da mielopatia cervical espondilótica são fraqueza e/ou dormência nos braços e/ou nas pernas, dificuldade para urinar, dor em um ou em ambos os braços.

    Dor na perna não é um sintoma comum da mielopatia cervical.

  15. Olá Sr. Carlos,
    Os sintomas mais comuns da mielopatia cervical são fraqueza e/ou dormência nos braços e/ou nas pernas, dificuldade para urinar, dor em um ou em ambos os braços.

    Dor na perna não é um sintoma comum da mielopatia cervical.

  16. Minha ressonância deu mielopatia na c6 e c7, estou com uma dor um bom tempo na coxa lateral, tipo uma fisgada no nervo, principalmente quando abro e fecho a perna, pode ser sintomas dessa mielopatia na c6 e c7?

  17. Estou além de formigamento no braço e perna esquerda, uma fisgada com dor na lateral da coxa direita, essa dor na coxa, também é sintomas da mielopatia espondiolitica cervical?

  18. Olá Srª Ana Paula,
    Cada caso precisa ser avaliado individualmente, pois a indicação da cirurgia dependerá dos sintomas apresentados pelo paciente, das alterações ao exame físico/neurológico e das alterações demonstradas na ressonância magnética da coluna cervical.

    Caso seja indicada a cirurgia, o especialista deverá ainda definir qual a melhor técnica cirúrgica, que varia de acordo com cada caso.

    Desejo melhoras para a senhora.

  19. Olá bom dia.
    Gostaria de saber se todo caso de mielopatia é cirúrgico? Fui encaminhada ao neurocirurgião estou aguardando vaga. Estou com mielopatia na cervical C3, C4, C5, C7.E protusão em todas as vertebrás da cervical. Espondiloartropatia e discopatias degenerativas.

  20. Olá Thaís,
    Normalmente a mielopatia cervical espondilótica é operada quando há sinal clínico (como fraqueza, dormência) e radiológico de sofrimento da medula espinhal.

    O objetivo principal da cirurgia é prevenir a piora progressiva dos sintomas, pois essa é a evolução mais comum dessa doença. Apesar disso, o mais comum é o paciente apresentar melhora dos sintomas após a cirurgia.

    Porém, como toda cirurgia, essa possui riscos, sendo um destes o de piora dos sintomas. Entretanto, este tipo de piora não é comum, ocorrendo em uma grande minoria dos pacientes.

    Lamento pelo quadro do seu tio e desejo melhoras a ele.

  21. meu tio fez a cirurgia para corrigir a mielopatia antes de ter sintomas, que só apareceram após a cirurgia. Agora ele e uma pessoa depressiva por ter operado para não piorar e ficou muito pior do que antes.Caminhar de robô, fraqueza nas pernas, dificuldade de controlar bexiga e intestino. Ele ja desistiu de melhorar.

  22. Olá Srª Adelina,
    A cirurgia, sempre que possível, deve ser evitada.
    É preciso verificar com o médico da senhora se há compressão da medula espinhal ou se há apenas compressão dos nervos, causando dor.
    A compressão dos nervos pode e deve, na maioria dos casos, ser tratada sem cirurgia a princípio.
    Já a compressão da medula tem uma indicação cirúrgica mais precoce, pois a compressão medular pode causar perdas progressivas de força, sensibilidade, controle da urina, etc.
    consulte seu médico para avaliar o melhor tratamento para a senhora.

  23. Tô com muitas dores na coluna cervical desce até os pés pernas agora para braços ‘já fiz fisioterapia pilates mas nada Só foi dia todo nervos presos mas tenho muito medo fazer cirurgia pela idade e de não obter exedo ñ melhorar

  24. Olá Sr. André,
    Primeiramente agradeço pelo seu comentário.
    O tratamento da mielopatia cervical espondilótica deve ser realizado o quanto antes possível, pois há uma tendência a ocorrer uma piora progressiva dos déficits neurológicos com o passar do tempo (piora da força, da sensibilidade, do controle da urina, etc). A cirurgia tem o objetivo principal de estabilizar os déficits apresentados pelo paciente, apesar de na grande maioria dos casos conseguir melhorar parte dos déficits. Portanto, o ideal é operar enquanto os déficits estão leves/iniciais, e não esperar agravar para depois operar. Mesmo com a cirurgia conseguindo uma descompressão adequada da medula, déficits neurológicos presentes no pré-operatório podem permanecer após a cirurgia.

  25. Em março de 2020 fiz a cirurgia para corrigir a mielopatia, inclusive foi colocado 3 pinos na altura do pescoço, embora fosse esperada a melhora após a cirurgia, esta n ocorreu, continuei c os sintomas, caminhar de robô, fraqueza nas pernas, caminho um pouco e já sinto exausto, como se tivesse ocorrido uma maratona, retornei ao médico, ressonância foi feita demonstrando q a cirurgia tinha alcançado seu êxito. Resolvi voltar ao início de tudo, qdo uma neurologista achou meu problema ref a mielopatia, até então n sabia o q tinha. Foram feitas mais ressonâncias e outros testes específicos da neurologia, nda foi encontrado, a explicação q foi me dada é q ficou uma “sequela”, me parece q o quadro não tende a se agravar, mas tbm n me fez melhorar. Há alguma outra explicação? Grato

  26. Quando o paciente já apresenta mieopatia, com tetraparesia (fraqueza nos brações e nas pernas), dificuldade para caminhar e/ou alteração do controle urinário, a cirurgia é a melhor opção de tratamento. Existem vários tipos de cirurgias que podem ser realizadas para tratamento da mielopatia cervical espondilótica, umas menos e outras mais complexas, por isso é importantíssima a consulta a um neurocirurgião para avaliação do paciente, seus exames e definição do melhor tratamento para cada caso.

  27. Os sintomas são extremamente específicos e individuais. Ortopedista e neurocirurgião são indispensáveis. Toda orientação e esclarecimento médico e terapêutico devem ser seguidas, principalmente a busca por um tratamento alternativo antes de decidir se submeter a uma cirurgia que na prática é de risco e alta complexidade.

  28. Olá Jéssica,
    Primeiramente é importante saber a causa desta tetraparesia e se não há possibilidade ou se não há indicação de intervenção cirúrgica.
    A melhora da qualidade de vida pode ser tentada de diferentes formas, dentre elas o uso de medicações analgésicas caso apresente dor, fisioterapia, etc.
    Sugiro que se consulte com um neurocirurgião para que ele possa lhe avaliar e responder suas dúvidas de forma adequada.

  29. Após Diagnóstico de Tetraparesia, e sem possibilidade de intervenção cirúrgica, o que fazer para adquirir qualidade de vida?

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